Dastroiana; é uma
cidade metropolitana da Atlântida. Dastroiana é uma cidade pequena com trinta
mil habitantes. A cidade é administrada por um prefeito, vários vereadores, tem
uma delegacia um forum, é um líder religioso, mas um cemitério.
Certo dia apareceu
jogado na sarjeta da avenida principal da cidade. O corpo de um cidadão
aparentando quarenta anos de idade. Só que o mesmo não tinha, um documento que
o identificasse. Nesse momento, o delegado mandou os soldados procurar alguém que identifica-se o defunto, só que os soldados,
andaram por toda a cidade e não encontraram ninguém que conhecesse aquele
cidadão. Nesse momento o delegado, nada podia fazer, a não ser enterrar aquele
cidadão, como indigente.
Depois de duas
décadas, que tinha sido enterrado aquele indigente!. Morre o homem mais rico da
cidade, e seus parentes procuram o chefe dos coveiros para que o mesmo
procura-se um local melhor e, mas bem acentuado para enterrar o seu
parente.
Nesse momento, o
chefe dos coveiros respondeu que la no cemitério todos são iguais. Só que os
parentes do homem rico, que tinha morrido, não desistiram de encontrar um canto
melhor para enterrar seu parente, e foi nesse momento que um deles enfiou a mão
no bolso e mostrou uma grande quantidade de dinheiro para o chefe dos coveiros, e disse esse dinheiro é
pra você, toma o dinheiro e da o teu jeito.
Nesse momento o
chefe do cemitério reuniu todos os coveiros, e falou para os mesmos, cavar a
cova que foi enterrado aquele indigente, tirá todos os ossos da cova. Nesse
momento, um dos coveiros perguntou, o que nós faz com os ossos? O chefe respondeu
queime e jogue fora. Indigentes não valem nada mesmo! Nesse momento, os
coveiros caminharam em direção, a sepultura do indigente. Chegando lá,
começaram a cavar. Quando chegaram onde era pra ta a ossada, todos ficaram
surpresos, com o que presenciaram. Lá no fundo da cova estava um corpo seco
quase perfeito.
Só que o corpo era
muito feio e assombroso, no lugar dos olhos eram somente dois buracos, na boca
os dentes era para fora, os ossos do corpo parecia que estava todos soltos
dentro do couro. Imediatamente os coveiros chamaram o chefe para mostrar aquela
coisa, que tinham encontrado.
O chefe quando
viu, imediatamente mandou chamar o chefe religioso, e lhe mostrar aquela coisa
horrível, que seus coveiros tinham desenterrado. Quando o religioso viu a
coisa, disse para todos que estavam presentes. Esse homem quando viveu entre
nós, cometeu grandes pecados, e por esse motivo a terra não quis consumir o seu
corpo, e com certeza a sua alma esta queimada nas profundezas do inferno, e que
esse fato sirva de exemplo para todos nós.
Nesse momento o chefe dos coveiros, perguntou
o que eu faço com esse corpo seco? O religioso pensou um pouco, e a seguir
respondeu. Pegue uma estaca bem forte e enfie na terra e amarre-o, para que o
corpo seco fique exposto para que todo mundo o veja, e faça o seu próprio
julgamento. E assim os coveiros fizeram, obedecendo a ordem do líder religioso.
No dia seguinte, o
cemitério ficou agitado, o povo da cidade, por curiosidade começaram a visitar
o cemitério para ver o corpo seco, cada um que via o corpo desconjurava fazia o
sinal da cruz e ia embora. Passando-se vários meses acidade estava voltando ao
seu normal! Quando morre o maior comerciante, da cidade. O nome do comerciante
era José Fudency de Oliveira, mas conhecido como Fudency. No velório do seu
Fudency, apareceu um jovem com o nome de Juquinha.
Juquinha era um
jovem muito gaiato, contador de piadas, onde Juquinha estava as pessoas trocava
o choro pelas gargalhadas e a tristeza pela alegria. Quando o dia amanheceu, o povo
da cidade, começou a se preparar para o enterro do seu Fudency. Quando chegou à
hora do enterro, formou-se a grande multidão de pessoas e seguirão,
acompanhando o caixão para fazer o sepultamento, e a despedida do seu Fudency.
Quando a multidão entrou cemitério. O Juquinha estava no meio fazendo suas
presepadas e o povo sorrindo de suas piadas.
Quando a multidão
foi passando ao lado do corpo seco. O Juquinha olhou para o corpo, encarou o
mesmo, e bateu com a mão na barriga do corpo, e falou, Coitado!. Está com fome!
Vá amanhã almoçar comigo lá em casa! Nesse momento, o corpo seco se sacudiu
achacoalhando os ossos dentro do coro botou fogo pelos olhos deu uma grande
risada, e disse, e espere que eu vou.
Quando a multidão
ouviu o que o corpo seco falou, foi à maior correria, soltarão no chão o caixão
com o seu Fudency dentro, e foi um Deus nos acuda, o povo saiu em disparada,
rumo ao portão do cemitério, nessa correria um aleijado perdeu a muleta e saiu
pulando, só com uma perna parecia um saci pererê, uma mulher que estava no
oitavo mês de gravidez, teve a criança no portão do cemitério, um casal de
coveiros fez o parto da pobre coitada.
Passando-se várias
horas, os familiares do seu Fudency retornaram ao cemitério para enterra seu
ente querido. Só tinha um problema. Quem vai buscar o caixão que ficou próximo
ao corpo seco? Nesse momento os coveiros, criaram coragem, e foram buscar o
caixão, e fizeram o sepultamento.
Horas depois o
Juquinha, foi à igreja se aconselhar como religioso, sobre tudo que tinha
acontecido. Só que o religioso disse que nada podia fazer, e disse mais, você
Juquinha, prepare o almoço amanhã que ele vai almoçar com você, e se você fugir
vai ser por pra você, porque o corpo seco vai lhe pegar e vai fritar você na
caçarola do diabo la no inferno, para que você nunca mais mexer com quem esta
quieto.
Juquinha saiu da
igreja apavorado, quando chegou em casa, pediu ajuda dos seus familiares, o
qual lhe negaram ajuda, e disseram mais, vamos todos embora e só voltaremos
quando você estiver livre daquele corpo seco. Nesse momento todos foram embora,
e Juquinha ficou sozinho, se lamentando de tudo que estava acontecendo com ele.
Quando a noite chegou?. Juquinha rezou tudo que sabia, e ofereceu suas preces
para todos os santos que ele conhecia, terminando a reza foi dormir.
Só que durante a
noite, Juquinha não conseguiu dormi, mal fechou os olhos foi logo sonhando que
estava andando e rua escura, quando lhe apareceu o corpo seco, botando fogo
pelos olhos e dizendo vou te pegar. Quando Juquinha despertou do pesadelo não
dormiu mais, e nesse momento, começou a pensar em tudo que ia acontecer quando
o dia chegasse.
Quando o dia
amanheceu, Juquinha foi ao mercado fazer as compras, para preparar o almoço
para aquele ser sinistro que estava atormentando sua vida, e se livrar de vez
daquela coisa. Às onze horas em ponto, Juquinha ouviu bater na porta, quando
Juquinha abre a porta, da de cara com corpo seco, nesse momento Juquinha
começou a se tremer, todo seu corpo, nesse momento o corpo seco, falou, o almoço
esta pronto estou com fome Juquinha? Quando a coisa falou caiu três dentes da
boca da coisa nos pé de Juquinha.
Nesse momento, deu
uma tremedeira nas pernas do Juquinha que o mesmo ficou sem controle, só que o
corpo seco gritou forte com o Juquinha, bota logo este almoço antes que eu
fique com raiva!. Nesse momento Juquinha saiu com as pernas trambelencando, mas
rapidinho colocou o almoço na mesa, e mandou a coisa se sentar. Juquinha não
comeu quase nado nada, mas nada sobrou o corpo seco devorou tudo. Quando o
almoço terminou, o corpo seco olhou para o Juquinha e disse, amanhã eu venho
lhe buscar, para você ir almoçar comigo em minha casa.
Ouvido isso
Juquinha ficou muito assustado, mas nada respondeu, e nesse momento o corpo
seco foi embora. Quando passou o susto, Juquinha foi direto para igreja e
contou para o religioso o que tinha acontecido, e que o corpo seco lhe convidou
para ir almoçar com ele em sua casa, no dia seguinte. O religioso olhou para o
Juquinha e disse, meu filho faça o que ele disse. Sabe por que filho? Qualquer
coisa que acontecer com você é melhor do que ser frito na caçarola do diabo.
Nesse momento
Juquinha voltou para sua casa totalmente dominado pela tristeza, e sempre
perguntando a si mesmo, por que eu fui me meter nessa enrolada, mas como nada
podia fazer, o jeito que tinha era ficar quieto e aguardar o que ia acontecer.
Quando chegou a noite, o drama começou, quando fechava os olhos, aquela coisa
aparecia fazendo mil caretas para ele. Quando o dia amanheceu Juquinha levantou
da cama, olhou pra um lado olhou e para outro, e disse hoje é meu ultimo dia,
que Deus tenha piedade de mim.
Juquinha nesse
momento se sentiu mergulhando nas trevas da vida, não existia ninguém para lhe
socorrer daquela coisa. Às dez horas do dia, Juquinha escutou um grito muito
arrogante, que dizia Juquinha ta na hora, dessa para o terreno e vamos embora,
a viagem é longa, e nós não podemos chegar atrasados para o almoço.
Nesse momento:
Juquinha saiu para o terreno, totalmente acabado, suas pernas fracas e
trambelecando uma na outra, e o corpo seco foi ao seu encontro e agarrando no
colarinho da camisa de Juquinha, falou em voz alta feche os olhos e pule para
cima, só abra quando eu mandar; Juquinha depois do pulo sentiu que estava
flutuando, e nesse momento o corpo seco, mandou que Juquinha abrisse os olhos.
Quando Juquinha
abriu os olhos, ele viu que estava voando, mas o corpo seco. Nesse momento
foram passando por um grande vale onde nao tinha a luz do sol, ma não era
totalmente escuro. Dentro do vale era cheio de carniça, e uma grande quantidade
de urubus comendo aquelas carniças, onde o mau cheiro tomava de conta do vale
inteiro.
Juquinha assustado
com o que estava vendo, perguntou do corpo seco, que vale é esse que fede
tanto? O corpo seco olhou para Juquinha e respondeu: Estamos passando no vale
das sombras!. Esse monte de carniça que você esta vendo, são os filhos
indesejáveis que suas mães o renegaram, e se recusaram de dar a vida para eles
e resolveram matá-los antes do nascimento natural deles, e por eles não ter
sido abençoado pela própria mãe, a terra também não quer, é por esse motivo que
todos eles vêm parar no vale das sombras.
Você ta vendo
aquele monte de urubus comendo os cadáveres dos pequeninos? Pois é, aqueles
urubus são as mães deles, que se transforma em urubus para devorá seus próprios
filhos. Passando-se alguns minutos, se aproximaram de um rio, que a água do
mesmo tinha cor de sangue, novamente, Juquinha pergunta: porque que a água
desse rio tem a cor de sangue? O corpo seco volta a responder para Juquinha.
Juquinha isso não
é água é o sangue dos inocentes e dos injustiçados que são derramados na terra
pelos malditos assassinos e mal feitores que vivem rondando na terra, tirando a
paz e a felicidade dos que vivem na paz, praticando o altruísmo e a compaixão.
Depois de alguns
minutos, Juquinha avista uma cidade, e logo foi perguntando, que cidade é
aquela? O corpo seco respondeu: Juquinha essa é a cidade onde eu moro, e não se
assuste com o que você vai ver. E logo a seguir avistaram um palácio muito
bonito e muito rico. Nesse momento o corpo seco e Juquinha desceram em um
grande pátio que tem no meio do palácio.
Nessa hora
ouviu-se uma voz muito forte que dizia: Chegou o nosso rei soberano. Juquinha
olhou para o corpo seco. E perguntou, você é o rei dessa cidade? O corpo seco
olhou para Juquinha, e disse, daqui pra não fale mais nada, só escute e veja o
que vai acontecer. Nesse momento chegou um guarda de honra e fizeram todas as
homenagens que um rei merece. Depois das homenagens, seguiram para o centro do
palácio. Nesse momento Juquinha viu o trono do rei, o corpo seco, logo foi ao
encontro do trono e sentou-se no mesmo. Foi nessa hora que chegou uma moça
muito bonita com um manto, e a seguir levantou as mãos para o alto e falou,
seja bem vindo ao seu reinado, Nosso rei!.
Depois que a linda
moça falou essas palavras, retirou o manto de cima do corpo seco, soque o corpo
seco tinha se transformado em um homem muito bonito, com idade de
aproximadamente trinta anos. Após todas as homenagens. Todos seguiram para o
restaurante do reinado. Chegando lá, Juquinha senta-se ao lado do rei e
começaram a almoçar.
Juquinha não
conhecia nada e nem os tipos de comida que estava na mesa, o que importava para
o Juquinha é que a comida era muito gostosa, e o que ele não sabia fazer,
olhava para os outros e fazia o mesmo jeito. Terminando o almoço, apareceu um
pianista tocando lindas e suaves melodias, tudo e homenagem ao rei. Depois que tudo terminou todos se retiraram,
só ficou o rei e Juquinha.
Foi nesse momento
que o rei olhou para Juquinha e falou: Juquinha na terra eu sou o olho que tudo
ver, eu estou e toda parte da terra, num cemitério eu estou em um corpo seco,
em uma praça eu estou em uma estátua ou em algum lugar. Juquinha o olho que tudo
ver, esta em toda parte, tanto faz na terra como nos oceanos, eu estou em todo
lugar. Juquinha nunca julgue e nem disfaça o que você não conhece, se uma
pessoa nasce pobre é porque ela merece ser pobre, se uma pessoa é feia é porque
ele merece ser feia, cada um só tem o que merece.
A felicidade esta
dentro de cada pessoa, se a pessoa procurar com certeza vai encontrar.
Juquinha, só existe um tipo de riqueza que eu conheço, que é a sabedoria, o
homem sábio é que nem uma lâmpada acesa, que afasta as trevas de si e dos
outros que estão e seu redor. Juquinha nunca se esqueça de nada que lhe falei,
e boa sorte amigo.
Nesse momento
chegaram perto de Juquinha duas lindas moças, uma delas botou a mão tampando os
olhos de Juquinha e disse só abra quando eu mandar, passando-se uns minutos a
moça falou abra seus olhos, quando Juquinha abriu seus olhos estava sozinho no
terreiro de sua casa, e nesse momento Juquinha saiu em busca de seus familiares
para contar todo o acontecido.
No dia seguinte
Juquinha voltou ao seu cotidiano de sempre. Passando-se três dias o Juquinha
vai curiosamente ao cemitério olhar se o corpo seco ainda estava lá, só que o
corpo seco estava, e olhando para Juquinha, deu uma grande gargalhada, Juquinha
caminhou apressado rumo ao portão, só que quando Juquinha saiu no portão já ia
correndo, e quando chegou em casa muito cansado jurou para sua família que só
ia naquele cemitério depois que morresse para ser enterrado o seu corpo...
Postado Por: Francisco Caetano (místico)
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